Você já foi ao cinema sozinho?

Foto: Aline Pereira

Essa prática é cada vez mais comum e pode ser uma alternativa para quebrar a rotina.

Quando falamos em ir ao cinema, automaticamente pensamos naquela pessoa especial, na família e nos amigos mais chegados para nos acompanhar junto a um enorme balde de pipoca e refrigerante... Ou não!

Para algumas pessoas, pode parecer estranho, mas a ideia de ir ao cinema sozinho é mais comum do que imaginamos. Público de todas as idades opta por assistir à telona sem companhia. Curioso! Mas por que isso acontece?

De acordo Skip Dine Young, autor do livro Psicologia Vai ao Cinema: O Impacto Psicológico da Sétima Arte em Nossa Vida e na Sociedade Moderna, a atividade pode não estar associada ao conteúdo cinematográfico. Isto quer dizer que algumas pessoas têm o cinema como desculpa para encontrar um amigo ou namorado, dirigir até o local, conversar a respeito do filme e assim por diante.

As telonas são cada vez mais utilizadas como uma forma de fugir da realidade, o que dá espaço, também, para as análises críticas incluírem propagandas como “assistir X filme pode ser uma boa maneira de deixar os problemas de lado”. A partir desse conceito de Dine Yong, quando alguém vai ao cinema sem companhia, geralmente busca essa fuga anexa ao contato humano inteiramente ligado ao filme capaz de suavizar a solidão.

Há quem pratique o programa cultural sozinho por não ter outra escolha ou a partir da simples vontade de quebrar a rotina e por não querer lidar com discussões como: o lugar que irá assistir, em qual fileira sentar, decidir entre o dublado ou legendado, entre outros critérios.

Lucas Mandelli, 20, comenta sobre a sensação de encarar a telona sem companhia. “Todo mundo se divertindo e você lá, sozinho." Ele diz que não gosta da experiência, no entanto, consegue refletir mais. “Tenho muita vontade de estar sempre acompanhado com amigos ou até mesmo com uma guria (risos), mas geralmente, os filmes que eu gosto não têm tantas pessoas que apreciam”, finaliza.

Para o consultor financeiro, Felipe Rocha, 22, ir ao cinema sozinho faz com que ele consiga captar a mensagem e se prender aos detalhes da trama. “Eu presto mais atenção, é mais libertador e é um momento 'só seu'. É como se você tirasse um dia para você e falasse 'hoje vou assistir um filme'", concluiu.

Legal para uns e ruim para outros. No entanto, os adeptos da prática conseguem adquirir certa independência, pois não se limitam a alguém para realizar esse programa cultural. Portanto, a experiência pode garantir ótimos momentos e sendo assim, aproveite! Afinal, o balde de pipoca é só seu!