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Controle de público nas sessões

Foto: Reprodução News.alkipage

Responsabilidade e bom senso deveriam andar juntos.

Choro de criança, pais que se irritam porque o filho não quer ficar na sala... Situações como essas sempre acontecem quando vou ao cinema assistir filmes com classificação indicativa para maiores de 12, 14 e assim por diante. Mas espera aí... Por que essas crianças estão assistindo filmes sangrentos, de terror e gêneros semelhantes se não são indicados para elas?

Na estreia de Logan, filme lançado em março deste ano, dirigido por James Mangold, uma menina que aparentava ter cinco anos de idade começou a chorar muito e o pavor que ela sentia em cada cena era nítido. Os pais, que não conseguiram acalmá-la, tiveram que se retirar da sala.

Será que o medo sentido por aquela menina acabou no instante em que saiu da sala? De que maneira conteúdos como esses podem interferir na vida de uma criança? Segundo o Science Daily, portal de notícias sobre ciência, até oito anos de idade, a criança ainda tem dificuldade de separar a realidade da fantasia e isso pode gerar efeitos de curto prazo em sua mente.

Que tipo de efeitos? Uma pesquisa divulgada pelos serviços de estudos da University of Michiga afirma que o fato de não conseguir discernir a ficção do que é real pode fazer com que ela tenha pesadelos, desenvolva atitudes agressivas, medo de escuro, entre outras consequências.

A Portaria n° 1100 de 14/7/2006 – Ministério da Justiça, divulgada no Diário Oficial da União, em 20/6/2006, define classificações indicativas para cinema, show, teatro, jogos e similares. A partir dessa lei, o acesso de menores de idade a filmes classificados até 16 anos fica a critério dos pais. Infelizmente, muitos se apoiam nesses quesitos e não se importam ao levar os filhos para estreia de Invocação do Mal, Anabelle ou o próprio Logan, por exemplo, afinal, estão sob a responsabilidade deles.

Nesse caso, o cinema não pode se responsabilizar, no entanto, a falta de bom senso traz, diariamente, inúmeras situações desconfortáveis que poderiam ser evitadas. Remediar é mais trabalhoso, custa mais caro e demanda um espaço de tempo maior, por isso, pais que possuem esse hábito poderiam repensar.

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